Eu vivo...
Nestes tempos hodiernos
De mentes hermeticamente fechadas
Tempos de muita fragilidade
Nestes tempos hodiernos
Onde tudo é fachada
E o interior é empoeirado
Nestes tempos hodiernos
Que transbordam hipocrisia
E ninguém trata o próprio esgoto
Nestes tempos hodiernos
Engordurados de hedonismo
Não há deter-gente que baste
... E resisto
domingo, 22 de julho de 2018
sexta-feira, 20 de julho de 2018
Amicos dourados
Há micos dourados
Jamais se tornam cinzentos
Nascidos em vidas passados
Sobrevivem ao fim dos tempos
Com eles eu vou pulando
Eu pulo de galho em galho
Faço macaquices e sigo amando
Juntos bebemos gotas de orvalho
Não sei se vou morrer agora
Ou se morrerei amanhã
Mas nunca temo o que vem de fora
Envolto com eles neste elã
Mesmo sem poder tocá-los
Vamos passarinhando no "virtreal"
Para um dia recebê-los com muitos regalos
Em festejos de mais alto astral
São amizades nascidas de sementes
Plantadas no solo de incontáveis eras
Tempos ancestrais tecendo elos em mentes
Que viajam entre céus e terras
Jamais se tornam cinzentos
Nascidos em vidas passados
Sobrevivem ao fim dos tempos
Com eles eu vou pulando
Eu pulo de galho em galho
Faço macaquices e sigo amando
Juntos bebemos gotas de orvalho
Não sei se vou morrer agora
Ou se morrerei amanhã
Mas nunca temo o que vem de fora
Envolto com eles neste elã
Mesmo sem poder tocá-los
Vamos passarinhando no "virtreal"
Para um dia recebê-los com muitos regalos
Em festejos de mais alto astral
São amizades nascidas de sementes
Plantadas no solo de incontáveis eras
Tempos ancestrais tecendo elos em mentes
Que viajam entre céus e terras
quarta-feira, 18 de julho de 2018
A Serpente Olhidacort
Olhidacort é uma serpente
A serpente trocadilhesca
Olhos da corte, língua cortante
Divide-se em si mesma
Ad aeternum, como um fractal
Dela originou-se Ouroboros
Olhidacort em minha mente
Serpenteia, sinuosa e arco-irisada
Penteia suas escamas e trocapele
E cada escama é um dilho
Que ela troca e me inspira
Sibilando, no crepúsculo cerebral
Olhidacort é Kunda
É Cháos e Kósmos
Eletromagnética... Dá vida
Anima o corpo pelos chakras
De baixo pra cima
Faz a nossa (r)evolução
A serpente trocadilhesca
Olhos da corte, língua cortante
Divide-se em si mesma
Ad aeternum, como um fractal
Dela originou-se Ouroboros
Olhidacort em minha mente
Serpenteia, sinuosa e arco-irisada
Penteia suas escamas e trocapele
E cada escama é um dilho
Que ela troca e me inspira
Sibilando, no crepúsculo cerebral
Olhidacort é Kunda
É Cháos e Kósmos
Eletromagnética... Dá vida
Anima o corpo pelos chakras
De baixo pra cima
Faz a nossa (r)evolução
sábado, 14 de julho de 2018
Tripúdio reverso
Tripudiaram de minhas tripas
Bem lá no fundo, bem fundo e marginal
Martelaram-me as emoções como ripas
Bloqueando o sistema gastrointestinal
Eu não digeri e agora regurgito
Um tripúdio reverso, em versos sofistas
Que meus neurônios viscerais, num grito
Compreenderão mais que muitos antagonistas
Se escrevo palavras fortes e vibrantes
Que de meu âmago pululam, incandescentes
É que ainda mais intensas e cisalhantes
São essas contrações prementes
Atravessar o espelho me virou do avesso
Transformou as mais profundas aversões
Num grandiloquente arremesso
No infinito-incriado de imensidões
Bem lá no fundo, bem fundo e marginal
Martelaram-me as emoções como ripas
Bloqueando o sistema gastrointestinal
Eu não digeri e agora regurgito
Um tripúdio reverso, em versos sofistas
Que meus neurônios viscerais, num grito
Compreenderão mais que muitos antagonistas
Se escrevo palavras fortes e vibrantes
Que de meu âmago pululam, incandescentes
É que ainda mais intensas e cisalhantes
São essas contrações prementes
Atravessar o espelho me virou do avesso
Transformou as mais profundas aversões
Num grandiloquente arremesso
No infinito-incriado de imensidões
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