Estive fraco e incapaz
Imerso no lodo que me habita
Lodaçal de meus próprios umbrais
Umbrais interiores
Infernos autogerados
Na matriz da alma
Autovalores degenerados
Na diagonal principal
O desafio da equação
Procurei a harmonia
Em recônditos recantos
Quis saber onde se escondia
Foi quando descobri os encantos
Exsurgidos de meus sofrimentos
Procurei convicções resilientes
Na escuridão de meus umbrais
Encontrei flores fluroescentes
Iluminando as sombras astrais
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Poemas esquecidos
Completando poemas esquecidos
Encontrei algumas trilhas
Ocultas no tecido das entrelinhas
Pontes de Einstein-Rosen
Nos interstícios das palavras
Adentrei túneis minhoquânticos
Aventurei-me no mundo ao avesso
Daqueles travessos versos
Através do espelho, tudo invertido
Nos poemas esquecidos
Lembrei-me das memórias universais
Que existem no além-tempo do espírito
Atravessei buracos negros
Noite escura da alma
Encontrei algumas trilhas
Ocultas no tecido das entrelinhas
Pontes de Einstein-Rosen
Nos interstícios das palavras
Adentrei túneis minhoquânticos
Aventurei-me no mundo ao avesso
Daqueles travessos versos
Através do espelho, tudo invertido
Nos poemas esquecidos
Lembrei-me das memórias universais
Que existem no além-tempo do espírito
Atravessei buracos negros
Noite escura da alma
terça-feira, 10 de setembro de 2019
Mirabolâncias
Vou escrevendo mirabolâncias
Engendrando algumas palavras
Fazendo umas macaquices
Retalho e costuro
Recalibro os parâmetros
Da minha equação schrödingeriana
Parei, pensei, refleti
Abri o inverso da caixa de Pandora
E meu universo
Não foi mais o mesmo de outrora
Aqui tem magia, alquimia vocabular
Basta seguir a trilha de tijolos amarelos
Que leva à casca de noz
Universos paralelos
Engendrando algumas palavras
Fazendo umas macaquices
Retalho e costuro
Recalibro os parâmetros
Da minha equação schrödingeriana
Parei, pensei, refleti
Abri o inverso da caixa de Pandora
E meu universo
Não foi mais o mesmo de outrora
Aqui tem magia, alquimia vocabular
Basta seguir a trilha de tijolos amarelos
Que leva à casca de noz
Universos paralelos
domingo, 8 de setembro de 2019
Alquimia vocabular
Letras entrelaçadas
Formam palavras entreletradas
Orações encriptadas
Nascidas de uma semente
Que jamais pode ser decifrada
Por quem não compreende o amor
Um desafio para gramáticos
Que enlouquece matemáticos
Um desaforo para os dramáticos
Mas para os seres da nova era
Algo tão natural e fluídico
Como o sangue em suas veias
Nos veios do quântico verso
28/02/2017
Formam palavras entreletradas
Orações encriptadas
Nascidas de uma semente
Que jamais pode ser decifrada
Por quem não compreende o amor
Um desafio para gramáticos
Que enlouquece matemáticos
Um desaforo para os dramáticos
Mas para os seres da nova era
Algo tão natural e fluídico
Como o sangue em suas veias
Nos veios do quântico verso
28/02/2017
The poet try
The poet try the poetry
The poetry try the poet
To see if they can fit
Each other
The poetry try the poet
With the temptation of the words
To see if the can dance together
The binary star's waltz
The poet try the poetry
To feel the heart beating fast
Writing with blood ink
To feel the rhythm of the last breath
Before all inspirations sink
The poetry try the poet
To see if they can fit
Each other
The poetry try the poet
With the temptation of the words
To see if the can dance together
The binary star's waltz
The poet try the poetry
To feel the heart beating fast
Writing with blood ink
To feel the rhythm of the last breath
Before all inspirations sink
Palavras acumuladas
Tinham palavras acumuladas
No âmago de meu sistema nervoso
Equilibraram-se fragilmente enquanto puderam
Mas agora desmoronaram, quando despertei de meu sono
Como um castelo de cartas fundado em solo arenoso, ao sabor do mar
Chovem palavras e nem consigo contá-las
As frases vão se alongando elasticamente, sem controle
Vão crescendo até as nuvens, como um pé de feijão encantado
Eu vou apenas descrevendo o fluxo de minha consciência desperta
E por mais que pareça exagero, vou caminhando, sem a nada esperar
E, no limite da corda, vou desacumulando tudo
Vou despejando toda carga na brilhante estrada de sinapses
Esperando, sinceramente, não sobrecarregar com pensamentos
As rodovias mentais de quem porventura ler este vívido dédalo
Minha história em longas frases, cifradas, palavras supra-sentimentais
18/05/2017
No âmago de meu sistema nervoso
Equilibraram-se fragilmente enquanto puderam
Mas agora desmoronaram, quando despertei de meu sono
Como um castelo de cartas fundado em solo arenoso, ao sabor do mar
Chovem palavras e nem consigo contá-las
As frases vão se alongando elasticamente, sem controle
Vão crescendo até as nuvens, como um pé de feijão encantado
Eu vou apenas descrevendo o fluxo de minha consciência desperta
E por mais que pareça exagero, vou caminhando, sem a nada esperar
E, no limite da corda, vou desacumulando tudo
Vou despejando toda carga na brilhante estrada de sinapses
Esperando, sinceramente, não sobrecarregar com pensamentos
As rodovias mentais de quem porventura ler este vívido dédalo
Minha história em longas frases, cifradas, palavras supra-sentimentais
18/05/2017
domingo, 1 de setembro de 2019
Poeta-alfaiate
Sou poeta-alfaiate
A minha trama é firme
Faço cama de gato
Te pego na minha linha
Eu dou ponto e costuro
De olhos semicerrados
Os meus versos no escuro
Cortam quão gume de navalha
Remendo os furos sinápticos
No tecido da realidade
Reconecto memórias perdidas
Que brilham mais na eternidade
A agulha magnétrica
Gira, gira e torna a girar
Desfibrilha corações desconcertados
Conserta as asas de quem quer voar
E quando a desarmonia
Vem me assombrar na calada da noite
Uso a tesoura, que corta e desfia
E dou-lhe o meu açoite
Até o raiar do dia
A minha trama é firme
Faço cama de gato
Te pego na minha linha
Eu dou ponto e costuro
De olhos semicerrados
Os meus versos no escuro
Cortam quão gume de navalha
Remendo os furos sinápticos
No tecido da realidade
Reconecto memórias perdidas
Que brilham mais na eternidade
A agulha magnétrica
Gira, gira e torna a girar
Desfibrilha corações desconcertados
Conserta as asas de quem quer voar
E quando a desarmonia
Vem me assombrar na calada da noite
Uso a tesoura, que corta e desfia
E dou-lhe o meu açoite
Até o raiar do dia
Licença Poética
Licença poética
Não tem prazo de validade
Pode expirar a qualquer tempo
Se você não escrever, não poetizar
Sem licença poética
Os versos se tornam garranchos
A inspiração deixa de ser santuário
Torna-se lugar profano
Ter licença poética
É dançar com a verve
Uma dança que borbulha ideias
No caldeirão mental que as ferve
Peço licença às musas e às deusas do destino
Como um bardo que sou, desde tempo antigos
Menestrel cuja cítara nunca deixou de tocar
Trovador que canta em louvor às estrelas
Minha poética nasceu em selvagens versangues
De uma pedra óssea, mas cheia de tutano
De um crânio duro, apinhado de massa encefálica
Morada temporária de um espírito multidimensional
Não tem prazo de validade
Pode expirar a qualquer tempo
Se você não escrever, não poetizar
Sem licença poética
Os versos se tornam garranchos
A inspiração deixa de ser santuário
Torna-se lugar profano
Ter licença poética
É dançar com a verve
Uma dança que borbulha ideias
No caldeirão mental que as ferve
Peço licença às musas e às deusas do destino
Como um bardo que sou, desde tempo antigos
Menestrel cuja cítara nunca deixou de tocar
Trovador que canta em louvor às estrelas
Minha poética nasceu em selvagens versangues
De uma pedra óssea, mas cheia de tutano
De um crânio duro, apinhado de massa encefálica
Morada temporária de um espírito multidimensional
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