sábado, 23 de fevereiro de 2019

O Gato Psiônico

Sou o gato psiônico 
Do salto quântico
Das partículas taquiônicas

Meu linguajar trocalinguístico 
É semântico, minhas letras são átomos
Com moléculas eu silabo 

Eu tomo um chá com charadas 
Decifro a teia cósmica de probabilidades
Nas entrelinhas de suas fibras 

Estou morto, estou vivo
Nos limites do transcendental
Eu me equilibro

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Massa crítica

A massa crítica gera reação em cadeia
Desconstrói as massas de manobra
Desfaz a trama da teia
Incendeia o ninho de cobras

Pra atingir a massa crítca
É preciso alimentar a encefálica
Através do sentimento de incerteza
A não conformação da observação pálida

Devemos levar a consciência ao limite
Transformar-nos em quânticonscientes criaturas
Observadores que modificam o sistema observado
Para além de maniqueísmos, interconectar parte e todo

Gero exagero pras certezas se confundirem
Pra chacoalhar hiperbolicamente as vicissitudes
A massa crítica é quântica, é um ponto sem retorno
Por isso eu torno a dizer: repensem suas atitudes!


sábado, 16 de fevereiro de 2019

Novas inspirações

Novas inspirações estão vindo
Estão começando a brotar
Pipocando no óleo quente
Do fluido cefalorraquidiano 

Quem não deixa as ideias pipocarem
Acaba despipocado da cabeça
E antes que me esqueça
Deixe eu apresentar-me: sou matreiro

Sou matreiro, sou matreiro
E nas minhas matas tem de tudo
Inclusive um cajueiro
Um cajueiro santo

Eu me inspiro em tudo que sonho
E nada fica por terminar
São nos dendritos e axônios
Que pontas soltas de interconectam

Aponto a flecha, miro e disparo
Sinto a direção no invisível
A intuição é como o faro
De quem é realmente sensível

Quebro a cabeça montando peças
Que se encaixam em planos interdimensionais
Pulsa em mim um coração de antimatéria
Além dos limites espaço-temporais




domingo, 3 de fevereiro de 2019

Meus livramentos

Desemaranhar-se
Das teias entrópicas da vida
E encontrar o fio da meada... 
...Tudo ao mesmo tempo... 

O horizonte de eventos se aproxima
A estrela negra e superdensa 
Em seu centro... Conclama-nos...
... A confrontar as Sombras...

Lá vêm provas e mais provas
Testar minha resiliência
Fazem-me transformar em algo...
... Que transcende a consciência...

Ouço o eco
Nas paredes do labirinto
Ecoam e reverberam...
... No agora, no além-tempo...

Meus livramentos chegaram
E não estavam nos livros
Achei em meu DNA... Nos fragmentos...
... De minhas feridas...